
Joana*, 38, mãe de três filhos, viveu 16 anos com o ex-companheiro, de quem se separou por conta do comportamento agressivo dele, que hoje tem 71 anos. Juntos, construíram uma floricultura, mas com a separação, ele se recusa a dar qualquer contribuição para sustentar as crianças e nem cogita partilhar os bens, sob a alegação de que já é idoso e não precisa mais pagar nada.
Esse foi um dos 41 casos atendidos na manhã e início de tarde desta terça-feira pelo projeto Defensoria Itinerante da Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM) na Delegacia da Mulher.
A ação foi uma iniciativa da Campanha Municipal dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, da qual a DPE-AM é parceira, que ocorre em alusão ao Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres, celebrado no dia 25 de novembro.
O objetivo do serviço da Defensoria Itinerante, que atendeu em um ônibus preparado para esse fim e em uma sala da delegacia, foi identificar as mulheres que se enquadrassem no perfil do atendimento da DPE-AM para oferecer orientação.
As que estavam com documentação completa e queriam dar entrada nos processos, puderam fazer imediatamente, facilitando a vida delas, explicou o defensor público João Carlos Bemerguy Camerini, que coordenou o projeto no local.
A maioria dos atendimentos foi de pedidos de verificação de paternidade, desejo de partilhar bens, definição de guarda e retificação de nome em documentos.
A dona de casa Rosa*, 27, foi outra que buscou atendimento no posto da DPE para saber como poderia requerer pensão alimentícia para os filhos. “Meu ex-marido dá alguma coisa quando quer e estamos passando necessidades”, afirmou ela, que espera providências rápidas para a situação.
Assim como para essas duas, as demais pessoas atendidas pelos servidores da Defensoria Itinerante tiveram ações iniciadas ou receberam orientações para dar início a processos nas unidades de atendimento da DPE-AM.
* Os nomes foram trocados para preservar a identidade das assistidas